terça-feira, 30 de outubro de 2012

Clécio diz que não fará de Macapá uma “trincheira” contra o governo federal


O prefeito eleito de Macapá, Clécio Luís (PSOL), afirmou na noite deste domingo (28) que, embora pertença a um partido de esquerda e de oposição, não fará da prefeitura uma "trincheira" contra o governo federal. Ele foi eleito com 50,59% dos votos válidos, numa disputa apertada contra o atual prefeito, Roberto Góes (PDT), que obteve 49,41%. Com a vitória de Clécio, o PSOL elegeu o primeiro prefeito em uma capital. O partido faz oposição ao governo federal, mas Clécio disse que não vê problema em procurar a presidente Dilma Rousseff quando julgar necessário. "Vamos procurar o governo federal da presidente Dilma, em que pese a nossa posição de oposição. Não há um antagonismo da instituição prefeitura para fazer de Macapá uma trincheira contra qualquer que seja", afirmou Clécio Luís, que, após a vitória, recebeu jornalistas na casa da mãe, de onde acompanhou a apuração dos votos. Clécio afirmou que vai cobrar do governo federal a liberação de emendas dos parlamentares amapaenses que beneficiam a capital do estado. "Essas emendas estão paradas. Queremos retomar as obras. Isso é fundamental para sinalizar para o governo federal que nós vamos restituir a cooperação entre os entes federados", afirmou. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos principais cabos eleitorais de Clécio Luís em Macapá, afirmou que o governo da primeira capital conquistada pelo PSOL será de esquerda, voltado para os mais pobres. "É a primeira experiência de um partido recente, um partido que nasceu para ser alternativa política de esquerda, democrática e socialista. Não tenha dúvidas: o primeiro governo de capital do PSOL será um governo de esquerda. Será um governo para os mais pobres, para aqueles que mais sofrem na cidade", disse Randolfe, que tem Clécio como seu suplente no Senado. Para o presidente nacional do PSOL, deputado Ivan Valente, a primeira vitória no Executivo de uma capital representa um "desafio" para o partido. "Acho que no Executivo é até mais difícil [que no Legislativo], porque você tem que encarar grande desafios e forças muito conservadoras. Deve trabalhar para hegemonizar a política do partido na cidade e ao mesmo tempo governar para todos e com apoio popular. O PSOL tem as chamadas dores do crescimento, por ser pequeno e ideológico. Trata-se agora de manter os princípios e a coerência. A gente vai aprender muito, vai ser importante", disse ao G1. Fonte: G1