sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Crise chega a Belem


Alguns postos de combustíveis em Belém estão com dificuldades em relação aos estoques de gasolina. De acordo com o sindicato que representa os donos dos estabelecimentos que vendem combustíveis no Pará, há problemas no transporte deste tipo de carga até o estado. A escassez de gasolina comum já começa a preocupar donos de veículos da capital paraense. "Uso normalmente a gasolina comum, mas não estou encontrando e então estou usando a aditivada, que é melhor, mas mais cara. É o jeito!", considera o estudante Marcos Paulo. Já o médico Frederico Melo diz que está com medo da falta de combustível na cidade. "Vinha abastecendo normalmente e hoje (18) quando cheguei só tinha a aditivada. Para evitar problemas, preferi encher logo o tanque", conta. O gerente de um dos postos confirma que a quantidade de gasolina diminuiu. Dos cerca de 20 mil litros que eram entregues diariamente, apenas metade chega à capital do Pará. "Só estamos com o etanol e com o diesel. Da gasolina aditivada temos um pouco, mas já não temos mais gasolina comum", avisa Camilo Marvão. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que as distribuidoras de combustíveis no país estão enfrentando dificuldades para encontrar caminhões que transportem o álcool anídrico, composto que precisa ser misturado à gasolina antes que o produto venha para a região norte. Já o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Pará informa que o problema de transporte é estrutural em Belém. "Temos um porto pequeno que recebe apenas navios de pequeno e médio porte. Mesmo as embarcações de grande e médio porte que vêm não chegam com a carga total para não encalhar. Temos ainda um grave problema de estocagem pelo hiato entre a viagem de navio e a necessidade de fornecimento. Ficamos desabastecidos e a capacidade de estoque reduz e, então, registramos essa falta de combustíveis", confirma Ovídio Gasparetto. A empresa Ipiranga informou que não há desabastecimento de combustíveis no Pará e que o suprimento do produto em Belém está controlado. Fonte: O Liberal