O coordenador do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Henrique Vasconcelos, disse ontem que a proibição de transporte de combustível em carotes vai paralisar as atividades de associações, cooperativa e escolas-família das comunidades ribeirinhas.
"Já sofíamos com o isolamento e, agora, nos sentimos como cidadãos de segunda categoria, pois nossas 27 entidades dependem do diesel e da gasolina que é transportada em carotes", enfatizou Vasconcelos.
Ele explicou que o GTA coordena comunidades tradicionais de castanheiros, pescadores artesanais e quilombolas. "O diesel e a gasolina são essenciais para alimentar os pequenos motores geradores que mantêm em funcionamento os freezers que conservam os alimentos", acrescentou.
Segundo Henrique Vasconcelos, "em muitas comunidades, nem carros temos, pois os rios são nossas estradas, então, nos sentimos excluídos com as restrições do Ministério Público Federal e Estadual ao transporte de combustíveis em carotes".
Além das 27 associações e cooperativas rurais, o GTA também dá suporte a seis escolas-família em Macapá, Mazagão e Pedra Branca do Amapari. "Com essa crise da gasolina, muitas pessoas que vieram se consultar em Macapá não tiveram como voltar para suas comunidades.
Fonte: Diário do Amapá