domingo, 25 de novembro de 2012

Atual governador já prestou depoimento


Além do governador, foi intimado a comparecer ao STJ, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ricardo Soares Pereira de Souza. O depoimento prestado pelo governador nunca foi revelado até agora. O inquérito corre sob segredo de Justiça. Entre o material apreendido pela Polícia Federal há indícios de que Camilo e alguns colegas desviavam recursos públicos. Eles apresentavam notas fiscais da agência de turismo Martinica como se tivessem gastado com viagens aéreas - e recebiam reembolso por isso. Após investigar a Martinica, os policiais concluíram que as notas eram frias. Os documentos entregues ao ministro comprovam que as viagens eram inventadas para que os deputados recebessem um extra dos cofres públicos. Conforme as investigações, em nenhuma das notas fiscais há o detalhamento dos trechos percorridos, o valor individual de cada trecho, a quantidade de passagens vendidas e os nomes dos passageiros. Também não consta nenhum comprovante de deslocamento. Segundo a Polícia Federal, a nota fiscal para ser aceita deve conter a discriminação por item de serviço prestado ou material fornecido, não se admitindo generalizações ou abreviaturas que impossibilitem a identificação da despesa. Ainda de acordo com a PF, para comprovar o deslocamento, tanto a empresa como os parlamentares devem fornecer cópias dos comprovantes dos trechos voados com o valor individual e os respectivos nomes dos passageiros. Outro fator que chamou atenção, classificada pela PF de "manobra dos deputados", entre eles o atual governador Camilo Capiberibe, de apresentarem notas fiscais no valor exato de R$ 8 mil, logo após a verba indenizatória ter passado de R$ 12 mil para R$ 20 mil. Em outubro de 2010, um mês depois da realização da operação, houve novo aumento da verba para R$ 50 mil, e em apenas uma das notas apresentadas como prestação de contas de Camilo Capiberibe, o atual governador gastou em passagens aéreas o valor de R$ 21.500,22. Fonte: A Gazeta